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E agora José, José para onde?

Este conteúdo foi atualizado em: 12/05/2020

Em 2010, parecia que a velha frase da música do legião urbana onde dizia “o Brasil é o país do futuro” estava para acontecer. A economia brasileira havia crescido 7,5% naquele ano. O desemprego encontrou os níveis mais baixos da história. Com o aumento da entrada de capitais e das reservas internacionais, o Brasil chegou a um ponto jamais visto. Esqueça o passado, o futuro chegou.

Os brasileiros nunca tinham viajado tanto para terra do Tio Sam, o mundo se tornara uma linha reta e agora o Brasil era ótimo e Miami era o parque de diversão dos brazucas. Era fácil gastar 5 mil dólares, segundo algumas pesquisas que mostravam que agora vai.

A importância que os brasileiros dão aos objetos e às compras é um fato que vem chamando a atenção do mundo há algum tempo. Somos um povo louco por coisas. Compramos até o que não precisamos para mostrar quem nós somos. Eis que estamos em 2016 e tudo mudou. Nossa economia perdeu a força e agoniza na UTI ligada em aparelhos que só Deus operando um milagre para esse imenso país voltar a respirar e quem sabe cruzarmos a linha de chegada com um pouco mais de fôlego.

E agora José, José para onde? O crescimento acabou, o Brasil estancou e a fonte secou. Este momento é de repensar o que comprar e daí pobre, rico e classe média vão ficar tudo parecido e eis que surge uma nova estrutura de classe social, a qual acredito que vai se chamar Multitarefa, que se vira nos 30. Para encerrar, espero que o Brasil volte daqui há uns anos, quem sabe, a ser o país do futuro e não um país sem futuro.

Por: Josimar Farias/Diretor de Aprendizado

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