Este conteúdo foi atualizado em: 13/05/2020
Se a loja que você sempre comprou contratasse alguém mal intencionado para cuidar dos seus dados pessoais, o que você faria? Pois é, essa é a sensação que alguns usuários terão ao acessar páginas e e-commerces que ainda não migraram para o HTTPS. De acordo com o próprio Google, com a chegada do Chrome 62, um site que ainda utiliza o protocolo HTTP será notificado como “Não Seguro”.
Se esse é o seu caso, saiba que, além do usuário/cliente, sua página também será mal vista pelo motor de busca do Google. Em outras palavras, adeus, primeira página!
O que é HTTPS?
A sigla é utilizada para indicar que o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP) oferece segurança (S) na troca de informação entre o usuário e o site visitado. Ao aderir o HTTPS, você concede aos seus clientes três camadas principais de proteção:
- A integridade evita quebras ou modificações nos dados sem aviso prévio durante a transferência.
- A autenticação evita ataques “man-in-the-middle”, oferecendo garantia de que o usuário está se comunicando com o site verdadeiro e não com uma página falsa.
- A criptografia fornece privacidade, codificando de forma inteligível todos os dados trocados entre o usuário e o site. Isso evita que as conversas sejam espionadas e as informações, roubadas.
Em primeira instância, as páginas que ainda não migraram para o HTTPS já foram notificadas como não seguras no ícone de informação da barra de busca. E, caso sejam acessadas com uma aba anônima, o aviso de perigo é ainda mais evidente.
Com certeza a mensagem da imagem acima é uma informação que nenhuma empresa quer atrelada à sua página ou e-commerce. Isso assusta o público e, na pior das hipóteses, pode realmente significar uma situação de risco. Portanto, a migração do HTTP para o HTTPS é uma garantia de segurança tanto para o cliente que está prestes a inserir dados pessoais na plataforma como nome, CPF e cartão de crédito, quanto para a reputação do site. Sem contar que o Google desfavorece aqueles que ainda não fizeram a migração.
HTTPS e o SEO do seu site
Como o próprio Google diz, “segurança é uma prioridade”. Já em 2014, foi adicionado ao algoritmo de ranqueamento, variáveis que favoreciam levemente sites HTTPS. E de lá para cá isso vem acentuando, podendo até mesmo se tornar um requisito básico de ranqueamento no futuro. O que sabemos até então, é que as páginas com o protocolo atualizado são indexadas mais rápido que as antigas HTTP e com melhor pontuação no ranking.
Sem contar que, desde o começo do ano, o Google vem avisando que o Chrome 62 irá considerar páginas desatualizadas como não confiáveis e só agora em outubro isso se concretizou. Portanto, o que se espera futuramente do Google, seu navegador e seus algoritmos de ranqueamento é um posicionamento cada vez mais rígido com relação aos sites que não dançarem conforme a música.
Solução
Migrar um site de HTTP para HTTPS requer conhecimentos relativamente avançados de programação, ainda mais quando se trata de e-commerces, que possui centenas de páginas e milhares de produtos. Se você é um desenvolvedor de sites ou tem uma equipe especializada, basta executar os tópicos abaixo. Caso contrário, procure terceirizar o serviço e garanta que tudo ocorra bem.
- Obter um certificado SSL
- Validar suporte HTTPS de recursos externos
- Habilitar protocolo HTTPS e instalar o certificado SSL
- Atualizar recursos e links internos para HTTPS
- Atualizar recursos externos para HTTPS
- Adicionar a versão HTTPS na Search Console
- Habilitar suporte HTTP/2
- Habilitar HSTS
Ao fazer a migração, fique atento aos erros e repare-os o quanto antes. Monitore as mudanças para ter certeza de que o processo de indexação está correto. E não espere qualquer aumento repentino no ranking devido à mudança. Contudo, se você passar pela migração sem complicações e sem quedas drásticas no ranking e no tráfego, você já é um vencedor.