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Nova atualização do Google prioriza conteúdo humanizado
Na hora de criar conteúdo, estratégias de SEO que colaboram com o ranqueamento em mecanismos de busca são essenciais para garantir bons resultados. No entanto, a nova atualização do Google, nomeada de Helpful Content Update (atualização de conteúdo útil, em português), mostra que é preciso ir além: falar com pessoas deve ser o objetivo principal das marcas.
Para saber mais detalhes sobre essa mudança que vai priorizar as necessidades humanas, não apenas os algoritmos, continue a leitura deste texto!
Objetivo da atualização de conteúdo útil
De acordo com o Google, o lançamento da “atualização de conteúdo útil” faz parte de um esforço que visa garantir que, cada vez mais, as pessoas encontrem nos resultados de pesquisa conteúdos necessários e originais, “criado por pessoas, para pessoas”.
Essa nova mudança tem como foco evitar a frustração dos usuários quando, ao acessar uma página, as expectativas não são correspondidas. Isso pode ocorrer porque o conteúdo não contém aquilo que é procurado ou até mesmo por aparentar não ter sido criado para ou até mesmo por uma pessoa.
Com essa nova atualização, um conteúdo que não seja original e possua baixa qualidade não terá classificação alta nos resultados de pesquisa.
Os efeitos devem melhorar especialmente as buscas relacionadas à educação online, assim como artes e entretenimento, compras e conteúdo de tecnologia.
“Se você pesquisar informações sobre um novo filme, talvez já tenha visto artigos que agregam resenhas de outros sites sem adicionar perspectivas além do que está disponível em outros lugares. Isso não é muito útil se você espera ler algo novo. Com essa atualização, você verá mais resultados com informações únicas e autênticas, então é mais provável que você leia algo que nunca viu antes”, informa o Google.
Sendo assim, informar os leitores passará a ser mais importante do que atrair cliques e agradar completamente o algoritmo do Google.
Como a nova atualização do Google funciona?
A atualização de conteúdo útil foi lançada em 25 de agosto de 2022 e concluída em 9 de setembro de 2022. Com ela, foi introduzido um novo indicador que vai ajudar os sistemas a identificarem de forma automática um conteúdo que parece ter pouco ou nenhum valor agregado, assim como aqueles que não são úteis para quem realiza as pesquisas.
Sites que apresentam muitos conteúdos inúteis vão ter probabilidades menores de conquistar bom desempenho, se houver outro texto na web sobre a mesma temática que cumpra os bons requisitos da exibição.
De acordo com o Google, “uma pergunta natural que algumas pessoas podem fazer é quanto tempo demora para que um site tenha um desempenho melhor após remover conteúdos irrelevantes. Os sites identificados por essa atualização poderão encontrar o sinal aplicado por alguns meses”.
Totalmente automatizado e utilizando um modelo de aprendizado de máquina, esse é apenas um novo, entre tantos outros indicadores avaliados pela empresa, como dados de sessão de sites e apps que o Google associa aos usuários.
Para que as marcas tenham uma boa experiência, recomenda-se ainda a remoção de todo conteúdo irrelevante e a adequação às diretrizes de Fundamentos da Pesquisa Google.
Porém, em um primeiro momento, a atualização deve afetar somente as pesquisas em inglês no mundo todo. A expansão para outros idiomas ocorrerá futuramente.
A expectativa é de que, nos próximos meses, o refinamento de como o classificador detecta um conteúdo irrelevante continue. Além disso, novos esforços serão lançados para recompensar as publicações que realmente priorizam as pessoas.
Invista em conteúdo humanizado
Com todas essas modificações, é necessário estar atento às formas de como trabalhar a humanização da marca na hora de criar conteúdo, seja em um artigo para blog ou até mesmo no momento de elaborar uma estratégia de performance content, que tem como objetivo a descrição de produtos em e-commerces e a conversão do visitante.
Para auxiliar os produtores de conteúdo, listamos abaixo algumas sugestões fornecidas pelo próprio Google.
Priorize as pessoas
Como comentado anteriormente, a atualização chegou para transformar e humanizar a forma como os conteúdos alcançam determinados públicos. Sendo que as páginas que proporcionam uma experiência mais satisfatória vão agregar desempenho melhor.
Por isso a importância de criar conteúdos para pessoas, não para os mecanismos. O fato é que um bom criador de conteúdo, que esteja focado nas pessoas, conseguirá fazer isso ao mesmo tempo que utiliza as práticas recomendadas de SEO.
Para descobrir se você está no caminho certo, faça as seguintes perguntas estipuladas pelo Google:
- Você tem um público-alvo atual ou pretendido para sua empresa ou site que acharia o conteúdo útil se entrasse em contato diretamente com ele?
- Seu conteúdo demonstra claramente a experiência em primeira mão e um conhecimento profundo (por exemplo, conhecimento que vem de realmente usar um produto ou serviço ou de visitar um lugar)?
- Seu site tem um objetivo ou foco principal?
- Depois de ler seu conteúdo, uma pessoa vai sentir que aprendeu o suficiente sobre um tema para ajudar a atingir o objetivo dela?
- Alguém que ler seu conteúdo vai sentir que teve uma experiência satisfatória?
Se você respondeu “sim” para a maioria das perguntas acima, é sinal de que está no caminho correto. Caso contrário, talvez seja hora de repensar as estratégias utilizadas na criação de conteúdo.
Além disso, é preciso ter em mente as orientações específicas que a empresa fornece na hora de escrever avaliações de produtos e as principais atualizações lançadas que envolvem a produção de textos.
Deixe os mecanismos de pesquisa em 2º lugar
Ainda que seguir o caminho de priorizar pessoas seja indispensável, isso não anula a importância das práticas recomendadas de SEO. Porém, elas devem ocupar um lugar posterior na sua estratégia, não exclusivo e principal.
O SEO é extremamente útil se aplicado em um conteúdo que foca em pessoas. Contudo, uma publicação que visa apenas tráfego está diretamente relacionada à insatisfação do usuário. Neste caso, equilíbrio é a palavra-chave.
Para evitar essa abordagem que pensa apenas no mecanismo de pesquisa, o Google listou uma série de perguntas que podem ser respondidas facilmente para descobrir se você está no caminho errado.
- O conteúdo é usado principalmente para atrair usuários dos mecanismos de pesquisa, em vez de ser escrito para pessoas?
- Você está produzindo muito conteúdo sobre tópicos diferentes esperando que parte dele tenha um bom desempenho nos resultados da pesquisa?
- Você está usando muita automação para produzir conteúdo sobre vários tópicos?
- Você está resumindo principalmente o que as outras pessoas têm a dizer sem agregar muito valor?
- Você está escrevendo sobre algo simplesmente porque eles parecem estar em alta, e não porque você escreveria sobre eles de outra forma para seu público atual?
- Seu conteúdo faz os leitores sentirem que precisam pesquisar novamente para receber informações melhores de outras fontes?
- Você está escrevendo para uma determinada contagem de palavras porque ouviu ou leu que o Google tem uma contagem de palavras preferida? Não temos.
- Você decidiu entrar em um tópico de nicho sem nenhuma experiência real, mas principalmente porque acredita que receberia tráfego de pesquisa?
- Seu conteúdo promete responder a uma pergunta que realmente não tem resposta, como sugerir uma data de lançamento para um produto, filme ou programa de TV quando ela ainda não foi confirmada?
Se você respondeu “sim” para a maioria das perguntas acima, talvez esteja na hora de reavaliar as suas estratégias de conteúdo e começar a humanizar a marca.
Após tantos acontecimentos que influenciaram a forma como as pessoas consomem e constroem conteúdos, essas mudanças são naturais e visam colaborar com um mundo mais responsável, especialmente no que diz respeito à informação — inclusive no ambiente digital.
Não por acaso, tendências como o slow content ganham cada vez mais notoriedade e se tornam premissas dos consumidores do futuro que priorizam uma marca humanizada.
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