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Recommerce: vantagens para marcas e como implementar
Este conteúdo foi atualizado em: 07/11/2022
A cada dia, surgem novas tendências no mercado online e offline. Especialmente porque as prioridades das empresas tendem a se transformar para acompanhar os hábitos dos consumidores, que estão em constante evolução. Um claro exemplo disso é o recommerce — a venda online de produtos de segunda mão.
Apesar de ser bem comum no dia a dia, essa prática tem se potencializado no varejo digital. Quer saber mais detalhes sobre ela e entender as vantagens comerciais? Continue a leitura!
O que é recommerce?
Conhecido também por e-commerce de revenda ou comércio eletrônico reverso, o recommerce pode ser definido como a compra e a prática de vender produtos usados, ou seja, que já passaram pelas mãos de outros consumidores.
Apesar de não ser nenhuma prática nova — brechós, lojas de antiguidades e sebos são a prova viva disso —, essa tendência tem tomado proporções notáveis, resultando em grandes cases de sucesso no exterior e no Brasil.
O Enjoei é um grande exemplo disso, sendo um marketplace no qual os usuários anunciam e vendem peças de roupas de segunda mão, calçados, acessórios, eletrônicos, etc. Empresas como Mercado Livre, OLX e Ebay tiveram um boom graças a essa estrutura.
O fato é que essa estratégia aumentou no ambiente virtual e tem facilitado a revenda de mercadorias usadas e reformadas, tendo grande notoriedade na moda circular e na venda de eletrônicos. É possível encontrar, por exemplo, sites que vendem celulares utilizados, mas com condições estáveis para um bom uso.
Economia circular
A estratégia de recommerce pode ser encaixada na ideologia da economia circular, na qual a reutilização de recursos procura atender consumidores que buscam por produtos com maior durabilidade, menor impacto ambiental e preços atrativos, priorizando, também, um consumo mais consciente.
A força do recommerce
A potência do recommerce é visível quando se observam os hábitos de consumo que foram ganhando força nos últimos anos, inclusive no período pós-pandemia e durante outras épocas de instabilidade social e econômica ao redor do mundo.
O relatório Consumidor do Futuro de 2022 da WGSN, por exemplo, apontou uma tendência entre as novas gerações, a chamada ecoansiedade, definida como “uma preocupação crônica com as consequências geradas pelo aquecimento global”. Em uma pesquisa conduzida pela empresa em 2019, 90% dos entrevistados do mundo todo disseram se sentir inseguros sobre o futuro quando pensam na crise climática.
Protestar contra governos, plantar árvores, recolher os lixos e repensar as formas de consumo são algumas das ações que motivam esse novo perfil de consumidor, definido como “comunitário”.
Há limites para agenda cheia, quantidade de horas trabalhadas, noites acordadas e xícaras de café! Com isso, a economia circular e, consequentemente, o recommerce, vão ganhando mais espaço.
Na prática
Falando em números, o site de revenda de moda thredUp, por exemplo, projeta que o mercado global de recommerce deve crescer de US$ 24 bilhões para US$ 52 bilhões até 2024. Adivinha quem vai impulsionar esse segmento? Os comunitários!
Já a marca de moda feminina francesa Sézane, em 2019, apresentou uma coleção de roupas vintage por meio de uma loja online única, possibilitando o acesso a peças de temporadas passadas, vendendo sobras de estoque e itens exclusivos, feitos a partir de tecidos que restaram ao final de cada temporada. Tudo isso por um preço menor do que o da linha principal.
Nesse caminho, a Rere aproveitou os acervos parados de outras empresas em suas criações. A partir da economia circular, a marca resgatou tecidos “[…] dando a diversas empresas a oportunidade de contribuir com a sustentabilidade, lucrar com isso e gerar
empregos”.
Vantagens do recommerce
É inquestionável que essa estratégia abre oportunidades não só para consumidores, mas para vendedores e até mesmo para quem deseja começar um negócio próprio. A seguir, listamos os benefícios detalhadamente.
Alcança novos consumidores
Se o perfil do consumidor está passando por mudanças, especialmente com a ascensão de novas pautas sociais, ambientais, culturais e econômicas, aderir ao recommerce é uma forma de ampliar as possibilidades de atingir esse público.
Ao gerir uma marca, avaliar a possibilidade dessas pessoas também serem potenciais clientes é essencial para descobrir se há alguma chance de dialogar com elas.
Fideliza e engaja clientes
Muito mais do que alcançar novos consumidores, o recommerce também vai colaborar com a fidelização e o engajamento dos clientes. Ou seja, as pessoas serão fiéis ao seu negócio.
Nesse caso, as chances delas irem para a concorrência, especialmente se não tiver os mesmos princípios que o seu negócio, é mínima.
Além disso, os usuários vão propagar a sua marca para outras pessoas e se envolver afetivamente com ela, seja indo até a loja, comprando constantemente no e-commerce ou interagindo em publicações nas redes sociais.
Apoia a sustentabilidade
Estima-se que uma peça de roupa é usada apenas dez vezes. Em muitos casos, essa desistência é feita por conta das tendências que se alteram, não necessariamente por desgaste do material que, ao final, acaba sendo incinerado ou vai parar em aterros, poluindo o ar, rios e até mesmo ocasionando a morte de animais.
Em um recommerce de moda, por exemplo, uma simples peça de roupa pode ser extremamente útil para uma nova pessoa, fazendo não só esse alguém feliz, como também evitando prejuízos ambientais.
E ao optar por esse modelo de negócio, a transformação em apoiar um mundo mais sustentável começa em você.
Eleva o lucro
Além de novos produtos e serviços, trabalhar com o recommerce acaba sendo uma nova oportunidade de lucrar. E como essa tendência está cada vez mais em alta, sem dúvidas público não vai te faltar. Portanto, não tenha receio de investir nela e aumentar o seu caixa!
Dicas para começar no recommerce
Como você viu, o recommerce traz oportunidades de bons negócios. Sendo assim, que tal começar a aplicar essa estratégia o quanto antes? Se você não sabe como dar o primeiro passo, nós te ajudamos!
Comece avaliando quais produtos podem ser vendidos. Há uma série de itens que se enquadram no recommerce: livros, celulares, computadores, roupas, calçados, discos de vinil, antiguidades, videogames, eletrodomésticos, carros, câmeras fotográficas, entre outros.
Para potencializar as chances do seu negócio ser encontrado, optar por uma boa plataforma de e-commerce e estruturar um posicionamento online sólido deve ser o caminho. O fato é que as pessoas gostam da praticidade de comprar pela internet e é nela que elas mais procuram por objetos de segunda mão.
Lembre-se também de conversar com o usuário. Sendo assim, uma boa descrição do produto é fundamental. Apresente todas as características que vão ajudar o consumidor a entender se aquele item é realmente o que ele busca ou não. Não se esqueça de boas fotografias também!
Por fim, planeje a divulgação dos seus produtos onde você acredita que seu público está. Pode ser via e-mail, Instagram, Facebook, WhatsApp, não importa, divulgue!
A tendência do recommerce continuará a crescer, isso é inquestionável. Que tal crescer com ela e aproveitar não só as oportunidades de lucro, mas colaborar com um mundo mais consciente, socialmente e ecologicamente falando?
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