Este conteúdo foi atualizado em: 30/04/2020
Nós estamos, de fato, na era da informação. E o Google sabe disso. Em 2020, o conteúdo é, definitivamente, a principal estratégia de SEO para alavancar os acessos orgânicos. Cada vez mais, os usuários utilizam o buscador como um mentor, um gênio da lâmpada com todas as respostas do mundo. Por isso, quem for o autor das melhores respostas terá a atenção de todos.
Mas como o Google sabe qual é a melhor resposta e quais são os resultados dignos de estarem entre os #10 colocados? Simples: métricas. O principal buscador do mundo identificou qual é o comportamento do usuário frente a um conteúdo de altíssima qualidade. E, para estar entre os primeiros, basta satisfazer o seguinte checklist:
A seguir vamos entender quais são e como funcionam alguns fatores que fazem o Google olhar para o seu conteúdo com mais interesse.
1. CTR – Taxa de cliques
2. Tempo de leitura – mais de 3m10s
3. Tamanho e profundidade do conteúdo – no mínimo 2 mil palavras
4. Uso de palavras complementares (Latent Semantic Indexing)
5. Acessível para smartphones – AMP
CTR – quanto mais cliques, melhor
A lógica é simples: quanto mais interessante for o título e a descrição do seu conteúdo, mais atenção ele vai receber e, consequentemente, mais cliques ele vai gerar.
A ideia é sempre passar a sensação de facilidade e rapidez. Exemplo:
Ou muita propriedade no assunto:
Ou gerando curiosidade:
Portanto, se o seu conteúdo está em 5º lugar e ele começa a receber mais cliques do que o 3º colocado, não vai levar muito tempo para o Google jogá-lo para cima.
Tempo de leitura
Seu conteúdo deve segurar o leitor por pelo menos 3m10s. Específico, não é mesmo? Mas essa regra não foi estipulada pelo Google. Encontrei isso em um estudo feito pela SearchMetrics, que descobriu a média do tempo de leitura nas páginas Top10.
Então, use todos os artifícios que você encontrar para manter o usuário durante esse tempo. Aqui vão as três principais características de um post que prende a atenção:
- Texto envolvente: ninguém gosta de enrolação em posts de blog, mas não há nada de errado em fazer o leitor curtir o texto escrito ali. Por isso, evite uma linguagem que faça as pessoas só passarem os olhos pelas palavras procurando uma resposta.
- Vídeos, gifs e imagens: esse tipo de conteúdo tem sido extremamente utilizado em posts para “entreter” o leitor e ganhar alguns segundos de leitura. Então, se for possível, complemente a ideia do seu texto com vídeos, gifs e imagens.
- Texto extenso: se as duas características acima estiverem sendo bem aplicadas em um texto extenso, o usuário não vai se cansar de ler e continuará no post até o final. Mas vamos nos aprofundar nesse assunto no próximo tópico.
É claro que existem inúmeras maneiras de manter uma pessoa por mais tempo no seu post. Mas se conseguir aplicar essas que foram citadas acima, seu texto já tem GRANDES chances de ranquear na primeira página.
Eu li um artigo muito bom do Neil Patel que aborda profundamente esse assunto. Dá uma olhada, vai valer a pena!
Tamanho e profundidade do conteúdo
Ok, chegamos em um ponto polêmico da conversa. Há vários artigos que abordam esse assunto mostrando diferentes números e, de certa forma, todos têm razão.
Mas quando eu digo “no mínimo 2 mil palavras”, não estou apenas definindo volume. O foco aqui é a profundidade. E disso o Google gosta.
Aliás, é desta forma que ele “lê” um bom conteúdo: quanto mais palavras compondo um universo semântico, mais rico e profundo o texto é.
Imagine que você tem uma palavra-chave principal e precisa contextualizá-la com mais e mais palavras complementares. É um processo natural quando se está escrevendo textos mais extensos.
Muitas vezes você não vai poder/conseguir escrever tanto sobre um assunto. Inclusive, no artigo que eu encontrei esse número, o próprio autor responde essa questão:
Tradução:
Vicky Kumar
Oi Brian,
O que fazer com os artigos que não podem ser escritos em 2000 palavras ou mais?
Precisamos abandonar a ideia para a qual não podemos escrever 2000 palavras?
Aguardando ansiosamente sua resposta.
Brian Dean
Vicky, eu não esquentaria a cabeça com a contagem de palavras. É mais sobre ser abrangente do que atingir um determinado número de palavras. Então, se você precisar de apenas 600 palavras para fazer o trabalho, que assim seja.
Ou seja, o importante é que o seu texto se extenda o suficiente para abordar tudo que você precisa dizer sobre o assunto.
Existe uma forma de montar um texto consistente, cheio de palavras complementares e que vai deixar o Google babando. E isso nós veremos no tópico a seguir.
Uso de palavras complementares – Latent Semantic Indexing
Nós já estamos bem acostumados com a ferramenta Yoast e sua funcionalidade de calcular a densidade da palavra-chave utilizada nos posts, certo?
Mas quando o assunto é palavras-chave, o Google faz uma análise bem diferente. O LSI (latent semantic indexing) tem se mostrado a melhor forma de robôs entenderem um texto.
Não estou dizendo que os motores de busca aprenderam a interpretar redações. Mas com a ajuda desta técnica de processamento, o Google consegue entregar com muita precisão um resultado coerente com o que o usuário está buscando.
Quer ver?
Nossa palavra-chave é “ET filme”. Vamos ver o que o Google entrega:
Agora vamos pesquisar por “em qual filme uma criança voa com a bicicleta na frente da lua?”. Faça essa pergunta para uma pessoa que nunca assistiu ao filme e provavelmente ela não vai conseguir te responder com certeza.
Quando fazemos essa mesma pergunta para o Google que também não assistiu ao filme comendo um balde de pipoca a resposta é bastante satisfatória.
Veja:
O LSI é uma mão na roda para os robôs encontrarem páginas que contém, além da palavra-chave principal, outras diversas palavras-chave complementares!
Eu poderia tentar explicar como isso funciona abordando matemática avançada e algoritmos extremamente sofisticados, assim como fizeram no Wikipedia. Mas vamos pegar o caminho mais fácil?
Imagine duas mesas repletas de comidinhas em uma festa de aniversário.
A. mesa de doces
B. mesa de salgadinhos
Presumo que você saiba em qual dessas mesas encontramos os brigadeiros, beijinhos e casadinhos. Da mesma forma que eu sei que as coxinhas, bolinhas de queijo e kibes estão na mesa B.
É intuitivo, porque sempre que vamos a uma festa de aniversário, os brigadeiros, beijinhos e casadinhos estão próximos uns dos outros. E todos eles estão sempre na mesa de doces.
Usando o LSI, o Google lê de maneira parecida.
Ele percebe que, sempre que alguém escreve sobre “mesas de salgadinhos”, as palavras “coxinha, bolinha de queijo e kibe” aparecem mais vezes e mais próximas do que “brigadeiro”.
Então o que nós devemos fazer é coletar o máximo de palavras complementares e compor um universo semântico ao redor da nossa palavra-chave principal.
O blog Marketing de Conteúdo fez um ótimo post sobre tendências de SEO (recomendo a leitura), lá eles abordam o LSI. Na imagem abaixo, eles mostram como deve ser a estrutura de um post.
E agora eu te mostro como encontrar essas palavras facilmente:
1. Sugestão de pesquisa:
As palavras em negrito na sugestão de pesquisa do Google são basicamente as palavras complementares mais buscadas em conjunto com a sua palavra-chave principal.
Perceba que as palavras complementares também são ótimos indicadores de intenção do usuário. Em outras palavras, utilizando esses termos complementares, você estará abordando o interesse da maioria.
Criar um texto que permeia por todos esses interesses, mostra para o Google que o seu conteúdo é profundo.
2. Pesquisas relacionadas:
A lista de “pesquisas relacionadas” no rodapé da primeira página de resultados também é uma ótima fonte de palavras complementares.
Olha só quantas palavras-chaves de cauda longa.
3. Keyword Tool (acesse gratuitamente aqui)
Essa ferramenta trabalha de forma muito parecida com a sugestão de pesquisa do Google (opção 1). Aliás, ela é como se fosse uma extensão dessa lista de sugestões.
Todas as palavras em negrito são complementares.
Você ainda pode contratar a versão paga e classificar seus termos pelo número de buscas mensais, valor de CPC e competição pela palavra-chave.
4. Ubersuggest (acesse gratuitamente aqui)
E, por fim, a ferramenta grátis mais inteligente que eu encontrei para compor sua lista de palavras complementares.
Recentemente o Ubersuggest foi integrado ao site do Neil Patel, e nela você encontra praticamente tudo que precisa para esta tarefa:
- Sugestão de palavras complementares;
- Variações de palavras-chave;
- Volume de busca, CPC e Competição.
Note que à esquerda da página, em um campo escrito “keyword suggestions”, é
possível marcar a origem da sugestão de palavras. E logo abaixo você ainda pode filtrar ou negativar palavras.
Eu particularmente prefiro desmarcar o “Google Keyword Planner” para ver apenas sugestões de pesquisa do Google. Assim, as sugestões aparecem sem influência do cenário de palavras-chave trabalhadas no Adwords.
Páginas aceleradas para mobile – AMP
Deixei este assunto por último, porque tudo que o artigo tinha para te ensinar com relação à criação de conteúdo já foi dito. Então, se você quiser voltar ao trabalho e botar a mão na massa, vá em frente.
Contudo eu não posso deixar de falar sobre o AMP, pois, mesmo sendo uma aplicação estritamente técnica, ele é essencial para a usabilidade em páginas de blog.
Por esse motivo, vou explicar o assunto sem entrar em detalhes técnicos. Vamos lá!
O AMP – accelerated mobile pages project é, como o próprio nome já diz, um projeto que visa acelerar o desempenho de páginas no mobile. E essa otimização é ideal para páginas estáticas, como os blogs.
O projeto foi encabeçado pelo próprio Google e outras empresas de busca para oferecer uma exibição de página muito mais leve e rápida nos dispositivos móveis.
Isso porque navegar em um site pelo celular pode ser frustrante se a conexão estiver ruim, se o aparelho não for tão potente e, principalmente, se o site não for otimizado para o mobile.
Você pode perceber, na imagem abaixo, como é uma página normal e a mesma com a aceleração aplicada:
A versão com AMP tem bem menos elementos do que a versão sem o AMP. Mas, como você pode ver, a informação não foi prejudicada.
Até o momento, o AMP não conta pontos no ranqueamento. Entretanto, sabemos que o Google privilegia sites que entregam o melhor conteúdo e a melhor usabilidade.
Portanto, já é de se esperar que, mais cedo ou mais tarde, o Google passe a considerar essa otimização como um fator de ranqueamento.
O que nós podemos considerar como ponto positivo é a diminuição na taxa de rejeição. Páginas mais leves carregam mais rápido e entregam o conteúdo sem demora… Sacou?
É o fim da agonia para pessoas que não aguentam ficar encarando uma tela em branco carregando lentamente (e que saem da página em segundos).
Chega de papo, vamos aplicar.
Considerando que quase todo grande blog de hoje em dia está no wordpress, existe muita gente criando plugins de otimização para essa plataforma. Inclusive para o AMP.
Vou passar dois plugins que eu achei em um vídeo do canal Escola Ninja WP. E ainda sugiro que você assista o conteúdo que está bem explicadinho.
Baixe gratuitamente:
É isso… espero que este artigo tenha sido relevante e que você consiga mais e mais resultados com essas dicas.
Mantenha-se curioso.
Gostou do que leu? Veja tudo que a gente já escreveu sobre SEO e aprenda mais.