Ícone do site Blog da Nação Digital

O valor da dor

valor-da-dor

Este conteúdo foi atualizado em: 12/05/2020

Se Thomas Edison não tivesse escutado repetidamente de seus professores que era “burro demais pra aprender”, ele teria registrado mais de 1.000 patentes, incluindo a lâmpada e câmera? Se ele tivesse ficado confortável com o seu intelecto, teria ultrapassado seus limites para criar algo novo?

Julgar um peixe pela sua habilidade de subir em árvores é um dos maiores erros da sociedade, mas esse assunto vai ficar pra outro dia. Hoje o tema é a importância de sentir dor, de fracassar, de errar.

Um amigo sempre me diz que o caminho da felicidade é uma linha reta, com arames farpados dos dois lados. Quando nos desviamos do caminho, são os arames que nos fazem sentir a necessidade de voltar pro meio da pista. Sem a dor imposta pelos arames, continuaríamos numa jornada paralela, distante daquela que nos levaria ao destino desejado.

É impressionante como nos aproximamos das pessoas importantes das nossas vidas, quando algum conhecido morre. Assim como a empresa acelera o processo de vendas, quando perde algum cliente e como um fornecedor oferece desconto na ameaça de perder um comprador.

Nós estamos constantemente fazendo 90% da nossa capacidade. Sempre dá pra ir um pouco mais longe, ficar um pouco mais com o filho, surpreender um pouco mais o cliente, conferir o projeto mais uma vez. Mas geralmente isso só acontece quando a dor, o erro, o fracasso entram na jogada. É após um erro que começamos a conferir com mais cuidado. É após uma perda que damos valor à família.

Dá pra perceber o valor da dor? É preciso ter fé pra enxergar a nível macro, mas ele fica evidente no acidente que nos faz valorizar a vida, no “não” do cliente que nos faz melhorar nosso pitch, na crise econômica que nos faz cortar gorduras, na crise política que nos faz mais unidos como sociedade para lutar pelo patriotismo que estava perdido. E assim por diante…

Não é questão de se conformar com a dor, é exatamente o contrário. É senti-la, acolhê-la e usá-la para romper seus limites e ir além.

Hoje eu vou agradecer a Deus por cada dificuldade, cada machucado, cada fracasso da minha vida. Eles têm me feito um bem enorme e constantemente me arrastam de volta pro caminho. E você?

Compartilhe:
Sair da versão mobile