O social commerce permite que as marcas utilizem o terreno das redes sociais não só para interagir com seus consumidores, mas também para vender seus produtos e serviços, gerando um novo balcão para varejistas e atacadistas online.
Esse formato, que une e-commerce e redes sociais, chegou como um facilitador para o cliente, que tem a chance de concluir a compra dentro da plataforma, eliminando possíveis atritos no checkout do site, e como uma oportunidade para o lojista, que pode abordar o consumidor no lugar onde ele passa boa parte das horas do dia: as mídias sociais.
A seguir, você confere as vantagens do social commerce, quais plataformas oferecem essa possibilidade, além de dicas rápidas para colocar esse novo canal de vendas em operação. Não perca!
O que é social commerce?
Social commerce é a estratégia de vender os produtos nos perfis da marca nas redes sociais, seja no Facebook, Instagram, Pinterest, em chatbots ou assistentes de Inteligência Artificial.
A diferença entre o social commerce e o e-commerce se resume ao local onde a experiência de compra acontece, e isso inclui navegar pelos produtos, adicionar ao carrinho e finalizar a compra. No social commerce, tudo acontece dentro da plataforma de mídia social.
Vantagens do social commerce
O maior benefício de começar a fazer comércio nas redes sociais é efetuar vendas diretamente nas plataformas.
A partir do social commerce, sua marca pode oferecer ao público a oportunidade de pesquisar, descobrir produtos, comparar e efetuar compras sem sair das redes sociais, onde ele passa boa parte do tempo — 3h42 por dia no Brasil, o terceiro mais alto do mundo, segundo o relatório The Digital 2021 Global Overview Report.
A possibilidade de completar a compra na própria rede social acaba simplificando o processo, elimina pontos de atrito e reduz o risco de o cliente desistir no meio do caminho.
Em 2021, 55% dos usuários de internet entre 18 e 24 anos compraram algo pelas redes sociais. No Brasil, 82% das pessoas pesquisam mais informações sobre as marcas após verem uma publicação no Instagram.
As vendas globais no social commerce cresceram 30% entre 2020 e 2021, passando de US$ 560 bilhões para US$ 732 bilhões. E a expectativa é que as conversões se mantenham em alta nos próximos anos — pelo menos até 2026.
Melhores redes para explorar o social commerce
A maioria das redes sociais disponibiliza soluções nativas de vendas. A seguir, listamos as plataformas mais avançadas e explicamos como cada uma funciona.
O Facebook foi pioneiro na oferta de ferramentas de social commerce. Com o recurso Lojas do Facebook, as marcas podem construir suas vitrines dentro da própria rede para que os consumidores pesquisem e comprem os produtos sem sair da plataforma. É o e-commerce dentro da rede social.
Para começar, é preciso, claro, ter uma página no Facebook para a sua empresa e, depois, criar um catálogo de produtos no Gerenciador de Negócios. Todo o passo a passo está bem explicado aqui.
O Facebook é uma boa primeira escolha, até porque você precisa se cadastrar no Lojas do Facebook para vender pelo Instagram.
O Instagram é conhecido como lugar em que as pessoas descobrem marcas, produtos e serviços, mas também representa uma ótima oportunidade para vendas. Isso porque 91% dos brasileiros ouvidos em uma pesquisa da plataforma disseram que realizam alguma ação (seguir a marca, visitar o site ou fazer uma compra online) após ver informações sobre produtos na rede social.
No Instagram, você pode configurar uma vitrine de produtos no seu perfil e incluir o link “Ver loja”, mas a compra, de fato, é finalizada no e-commerce. Essa é uma limitação para os sites de vendas brasileiros, o recurso de comprar dentro do app está liberado somente nos Estados Unidos.
O Pinterest também pode funcionar para a sua marca, a depender do nicho de atuação. Segundo dados da rede, 64% das pessoas que a utilizam afirmam que é para o Pinterest que elas vão quando querem encontrar um produto ou serviço de confiança.
Com os catálogos do Pinterest, é possível enviar produtos para a plataforma e criar pins compráveis. Você pode também fazer anúncios para aumentar o alcance das publicações para tentar mais vendas.
TikTok
O TikTok Shopping, anunciado em 2021, foi criado para facilitar a descoberta das marcas por usuários da rede, assim como a compra de produtos. O recurso é uma parceria com a Shopify, está disponível para titulares de contas do TikTok For Business e, por enquanto, é um piloto. O Brasil não faz parte dos testes.
6 dicas rápidas para social commerce
- Produtos com preços mais baixos têm desempenho melhor: o tíquete médio no e-commerce é de US$ 140, enquanto no social commerce é de US$ 79, mostra pesquisa.
- Reserve os anúncios para promover produtos mais baratos em vez de focar em itens muito caros.
- Implemente checkout automatizado, com auxílio de um chabot, para entregar uma experiência de compra incrível para os clientes.
- Integre o social commerce à plataforma de e-commerce para atualizar automaticamente o catálogo de produtos para o Facebook, por exemplo.
- Invista no marketing de influência e no marketing de relacionamento para promover seus produtos e vender pelas redes sociais.
- Crie conteúdos promocionais para explicar como o produto funciona, capriche nas fotos (em diversos ângulos), faça demonstrações e apresente os benefícios do artigo.
O social commerce é um formato que ainda tem muito a crescer, com as empresas aperfeiçoando recursos e lançando serviços para que o consumidor passe ainda mais tempo nas redes e complete a jornada de compra integralmente dentro das plataformas.
Sua marca pode ver no social commerce uma nova fonte de receita, mas não deve confiar integralmente suas vendas às redes sociais, o carro-chefe deve estar no e-commerce próprio, lembre-se disso.
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