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92% dos e-commerces de Saúde, Higiene e Beleza não oferecem boa experiência de compra

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Apesar de o Brasil ser o quarto maior consumidor em produtos de beleza no mundo, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o mercado eletrônico do país ainda precisa superar diversos problemas associados às informações expostas nas páginas de produto.

Isso é o que mostra o estudo do E-commerce Quality Index de 2020, o EQI. A pesquisa avaliou, de acordo com a opinião do consumidor final, os principais sites do Brasil e constatou que pelo menos 92% dos e-commerces de Saúde, Higiene e Beleza do país apresentam algum tipo de problema de informação na página de produto.

O estudo teve cinco critérios de avaliação e foi realizada pela Lett, startup de tecnologia, em parceria com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico Brasileiro (ABComm), Opinion Box, Neogrid, Nação Digital e mais 8 instituições, divididas entre agências e empresas de pesquisa de mercado.

Performance das lojas virtuais

O critério de pior performance dos sites do segmento foi o baixo número de avaliações e comentários dos consumidores nas páginas de produtos, seguido pelas descrições das mercadorias online que na grande maioria estão incompletas. Os e-commerces brasileiros analisados também apresentaram falhas na quantidade de imagens dos produtos e na categorização dos itens nos sites.

A soma desses critérios fez com que o indicador de qualidade do e-commerce brasileiro de Saúde, Higiene e Beleza obtivesse a nota 39, abaixo do que seria considerado aceitável, que é de 60, para uma boa experiência de compra online.

Análises e Covid-19

Criado há três anos anos, esta é a primeira vez que o estudo do EQI é realizado especificamente para o segmento de Saúde, Higiene e Beleza. A pesquisa foi feita entre os meses de julho de 2019 e fevereiro de 2020 e ao todo foram analisados mais de 700 mil páginas de produtos, 38 sites, e mais uma novidade: há uma avaliação de aproximadamente 300 marcas do ramo para compreender se elas oferecem uma boa experiência de compra online.

“Resolvemos fazer o EQI do segmento de Saúde, Higiene e Beleza pela relevância dos produtos no mercado e pelo grande potencial que o segmento possui no e-commerce. Com o novo coronavírus, temos visto isso ainda mais evidente. O nosso objetivo é analisar a performance de fabricantes e varejistas para que, juntos, eles possam traçar estratégias inteligentes para a melhorar a experiência de compra online”, explica Davi Song, CEO da Lett.

No entanto, apesar de 2020 ser o primeiro ano de avaliação específica do EQI de Saúde, Higiene e Beleza, a situação já havia sido apontada no estudo de 2019, mas de lá pra cá pouco foi feito para mudar essa realidade e melhorar a experiência de compra online.

Uma situação que pode ser agravada também com a proliferação da Covid-19 no Brasil, o que faz com que as empresas tenham que trabalhar com mais agilidade no cadastro de produtos online.

Para conferir a pesquisa completa do EQI 2020, basta acessar este link.

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