Este conteúdo foi atualizado em: 05/03/2021
O controle do estoque da loja virtual é um aspecto vital para a operação sustentável do negócio, mas qual a melhor modalidade para você? Para e-commerces, são seis tipos de armazenamento, cada um com pontos fracos e fortes.
Essa diversidade faz com que a definição do modelo de gerenciamento dos produtos seja um ponto de extrema atenção dos gestores, até porque uma escolha mal feita e inadequada ao tipo de mercadoria comercializada é capaz de gerar sérios prejuízos financeiros.
Neste artigo, você vai conhecer os tipos de estoque para e-commerces, entender as diferenças entre os funcionamentos, além de descobrir vantagens e desvantagens de cada operação. Boa leitura!
Estoque tradicional
É semelhante ao estoque de uma loja física, em que os produtos são para pronta-entrega. O modelo é indicado para e-commerces com alto fluxo de pedidos e que já conseguem fazer previsões de vendas.
No estoque físico, o gestor abastece o depósito conforme a demanda da loja. Apesar de implicar em maiores custos, pois é preciso ter um volume de produtos, é o modelo que possibilita maior controle de toda a operação e mais velocidade na entrega dos pedidos.
Vantagens
A gestão é única e facilitada. Para que esse modelo de estoque funcione plenamente, é fundamental manter um controle atualizado – isso é obtido com os aplicativos de gestão.
É a partir desse controle diário que a loja terá condições de tomar decisões sobre o melhor período para fazer promoções e escolher as mercadorias para a campanha.
Desvantagens
É um tipo de estoque passível de perdas e falhas de logística. Além disso, o frete tende a ser mais caro para regiões distantes. Sem contar que existe a chance de mercadorias ficarem paradas no depósito e se deteriorarem, resultando em prejuízo.
Estoque compartilhado
É indicado para negócios online que também possuem loja física. Neste modelo, o estoque será compartilhado para suprir as operações online e offline.
Todos os produtos são armazenados no ponto de venda, mas o controle é unificado. É uma forma de evitar que os dois canais vendam um mesmo item simultaneamente, quando só há uma unidade disponível.
Essa unificação é facilmente obtida por um ERP, que é um sistema de gestão empresarial que integra atividades de vários setores, entre eles o estoque.
Vantagens
Destaque para a economia de espaço e de recursos, pois o gerenciamento das unidades é integrado por um software de gestão.
Desvantagens
O controle unificado precisa funcionar muito bem e em tempo real para não haver conflitos, ao ponto de vender um produto indisponível.
Estoque consignado
Neste tipo de gestão, lojista e fornecedor têm um acordo para o armazenamento dos produtos. O distribuidor cede uma quantidade de mercadorias ao e-commerce, e caso a totalidade não seja vendida dentro de um determinado prazo, é possível devolver ao fornecedor, pagando apenas pelo que foi comercializado no período.
É um modelo de estoque indicado para produtos não-perecíveis ou com alta sazonalidade.
Vantagens
Um dos pontos positivos do estoque consignado é não ter mercadorias excedentes e nem capital parado. Além disso, o gestor do e-commerce tem a possibilidade de remanejar os produtos, em vez de conceder descontos agressivos – que chegam a comprometer a margem de lucro –, fazer o estoque girar e de se desfazer de itens com baixíssima saída.
Desvantagens
Se o seu e-commerce trabalha com produtos de baixo valor e com curto prazo de validade, o estoque consignado não é o mais indicado. Um ponto desfavorável desse modelo é o valor da mercadoria no fornecedor, que tende a ser mais alto.
Ao definir trabalhar com essa modalidade, a atenção precisa estar voltada para a escolha do fornecedor, que deve ter prestígio no setor, pois se houver qualquer problema com entrega quem vai responder pela falha será a sua empresa, o que pode abalar a reputação junto aos clientes.
Dropshipping
Neste tipo de estoque, todo o processo de preparo e entrega do produto é de responsabilidade do fornecedor. O e-commerce se encarrega somente das vendas e do atendimento ao cliente. É o modelo ideal para empreendedores iniciantes e para quem não quer formar estoque.
A loja atua como intermediária entre o consumidor e o fornecedor, e fica isenta de possuir um estoque. Funciona assim: quando o consumidor finaliza a compra, o e-commerce envia o pedido ao fornecedor, que se responsabiliza por preparar, enviar e entregar o produto.
Com esse modelo, é possível vender itens variados e também apostar em um nicho. Para definir o foco de atuação, considere a concorrência com grandes players. De regra, os pequenos empreendedores têm melhores resultados quando limitam os produtos a um público bem específico.
A etapa mais importante desse tipo de estoque é a escolha do atacadista. O sucesso da operação da loja estará diretamente ligado aos produtos do fornecedor e à forma de entrega. Por isso, prefira qualidade, cumprimento de prazos de entrega, serviço de atendimento ao cliente, eficiência na troca ou devolução e boa negociação.
Apesar de ser um método logístico utilizado tanto por grandes varejistas, como a Amazon, quanto por pequenos comerciantes online, existem prós e contras. Veja a seguir se o dropshipping vale a pena para o seu negócio.
Vantagens
Não é preciso ter um capital alto para fazer as primeiras vendas, pois a preocupação com estoque e logística é zero. Além disso, o lojista só vai pagar o produto após a compra pelo consumidor. O lucro será a diferença entre o preço da venda e o negociado com o fornecedor.
Sem estoque próprio, não existe mercadoria parada. Também não é preciso administrar a logística de entrega e nem arcar com custos de aluguel de depósitos, inventário, segurança e acompanhamento de entregas.
Desvantagens
A margem de lucro costuma ser mais baixa no dropshipping, já que as compras no fornecedor não são por atacado. Outro problema é o menor controle de qualidade por parte do lojista, que não conseguirá ver o produto que o cliente vai receber.
Um agravante são as reclamações do cliente, que tendem a chegar para a sua empresa, e não para o distribuidor.
Cross docking
Assim como o dropshipping, o cross docking é um modelo de estoque terceirizado, mas a diferença é que o lojista faz a entrega da mercadoria ao consumidor.
O cross docking no e-commerce funciona assim: à medida que os clientes fecham as compras, o lojista solicita ao fornecedor o envio do produto a um centro de distribuição. Por fim, a loja encaminha o pacote com sua própria etiqueta.
Nesta modalidade de estoque, não há perdas com mercadorias paradas e nem com erros de gestão, pois os produtos são disponibilizados no momento em que são realmente necessários (quando acontece uma venda).
O tempo de permanência da mercadoria na empresa parceira precisa estar descrito em contrato. Normalmente, vai de um a três dias, mas caso esse limite seja ultrapassado, pode haver cobrança de uma taxa de estocagem. As empresas de cross docking trabalham para oferecer a melhor solução de logística ao cliente e também evitar furtos e danos nos produtos.
Conheça vantagens e desvantagens para uma loja virtual com estoque terceirizado.
Vantagens
Não há custos com estoque, apenas com armazenamento. Os gastos com logística são menores, pois a distribuição é otimizada por regiões e os veículos saem com a capacidade máxima do centro de distribuição, consequentemente, o cliente recebe a encomenda mais rápido.
O lojista também não precisa de um alto capital de giro, pois os pedidos são feitos ao distribuidor no momento em que o consumidor efetua a compra. Sem estoque próprio, não existe o risco de uma mercadoria ficar parada, gerando despesas.
Desvantagens
É preciso ter muita sincronia entre os envolvidos no processo, caso contrário o cross docking não poderá ser implementado. Alguns fornecedores podem não conseguir cumprir prazos de entrega no centro de distribuição, desequilibrando toda a cadeia logística do e-commerce.
Estoque descentralizado
É quando a empresa tem vários locais de armazenamento em regiões diversas. Com esta estratégia, é possível garantir menor prazo de entrega e custo do frete mais baixo ao cliente.
Vantagens
A redução de custos é o grande trunfo do estoque descentralizado. Ao fazer uma venda, é possível acionar o depósito mais próximo do destinatário, diminuindo o valor do frete e baixando o prazo de entrega. Uma consequência desse modelo é o aumento das vendas.
Desvantagens
Apesar de elevar a satisfação do cliente (que paga menos frete e recebe o produto com rapidez), manter vários centros de distribuição em atividade custa caro. Outro ponto de atenção é a integração de todos os armazéns, que precisa ser feita em tempo real para evitar erros e prejuízos.
A definição de um tipo de estoque para a loja virtual deve levar em consideração o produto vendido, o capital disponível para investir e o modelo de negócio em funcionamento. Analise prós e contras de cada tipo de armazenagem para encontrar a melhor solução para a sua estratégia.
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