Este conteúdo foi atualizado em: 07/11/2022
As técnicas de Search Engine Optimization (SEO) ou, em bom português, Otimização de Mecanismos de Busca, são estratégias que se dividem entre tecnologia, conteúdo e autoridade. Juntas, elas têm o propósito de fazer com que uma página na internet alcance um posicionamento relevante em sites como Google, Bing, Yahoo, entre outros buscadores — tudo isso sem gastar um real, ou seja, de forma orgânica.
Assim como essas técnicas podem ser aplicadas para potencializar os acessos de um post de blog, o mesmo pode ser feito com vídeos. No entanto, com algumas diferenças. Para isso, existem algumas estratégias de SEO para YouTube específicas.
Implementá-las eleva as suas chances de atingir o público-alvo desejado, assim como aumentar acessos no YouTube, o número de inscritos, o tempo de visualização e outras métricas envolvendo o alcance dos vídeos.
Ficou curioso para conhecer cada uma delas e entender a importância de aplicá-las no seu canal? Continue neste texto! No decorrer da leitura, confira ainda uma série de ferramentas de SEO para YouTube que vão te ajudar a alcançar seus objetivos.
1. Invista em qualidade de produção
É inquestionável a importância de se atentar ao SEO. No entanto, é preciso, primeiramente, compreender a relevância do seu conteúdo para o público que você pretende atingir, assim como possuir os materiais e conhecimentos necessários para uma produção de primeira.
Nesse sentido, invista em um bom equipamento de som para evitar ruídos e realize as gravações com filmadoras adequadas para que o material possa ser disponibilizado com uma imagem nítida e em diferentes resoluções — para se ter ideia, o YouTube permite a visualização de vídeos em 4K.
Caso vá filmar alguém, priorize a iluminação e estude técnicas de enquadramento e o que elas podem representar em um conteúdo audiovisual; preocupe-se em abordar de forma clara e objetiva pontos importantes sobre a temática apresentada; defina um roteiro com início, meio e fim; utilize a regra dos terços, entre outros pontos.
E não se esqueça dessa primeira dica principal: saber como fazer SEO para YouTube é importante, mas uma boa estratégia antecede o momento de publicação do vídeo na plataforma.
2. Faça uma boa pesquisa de palavras-chave
Com o conteúdo pronto — ou não, essa etapa pode ser planejada antes também! —, é hora de escolher qual será a palavra-chave principal e os termos complementares do seu novo vídeo, responsáveis por fazer com que o material seja encontrado por um usuário na internet.
Elas são importantes porque, da mesma forma que milhares de pessoas realizam buscas no Google diariamente, o mesmo acontece na barra de pesquisa do YouTube. É nela que os usuários procuram por canais, músicas, resoluções de dúvidas, reviews de marcas e produtos, etc.
Um fator importante é dar preferência sempre pelas palavras-chaves long tail (cauda longa), ou seja, frases mais pontuais e específicas, já que a internet é um grande acervo e, querendo ou não, a probabilidade de já existir algum conteúdo sobre a mesma temática que você está trabalhando é alta.
Na prática: vamos imaginar que o seu vídeo fala sobre SEO e o foco é explicar o que é essa estratégia. No lugar de utilizar a palavra-chave “SEO”, considerada uma head tail e que conta com uma média de 5.900 buscas mensais, utilize “o que é seo”, que apresenta 450 buscas mensais. Com isso, você ainda diminui a concorrência com outros canais que também possuem vídeos sobre o assunto.
Palavra-chave principal
A palavra-chave principal é aquela que estará presente no nome do seu arquivo (falaremos sobre isso na terceira dica), no título do vídeo e na descrição.
Para encontrar palavras-chaves para YouTube, conte com o apoio de ferramentas, como o YouTube Keywoord Tools do Ahrefs e o Keyword Tool. Vale ainda instalar a extensão do Ubersuggest disponível para o navegador Chrome, já que, ao fazer uma pesquisa dentro do YouTube, ele apresenta a média de buscas para aquela palavra-chave.
Termos relacionados
Quanto aos termos relacionados, eles são outras palavras-chaves — de long ou head tail — que vão complementar a palavra-chave principal e colaborar com as buscas do usuário.
Seguindo o exemplo do vídeo sobre SEO com a palavra-chave principal “o que é SEO”, alguns termos relacionados possíveis seriam:
- seo – 5.900 buscas mensais
- search engine optimization – 200 buscas mensais
- como fazer seo – 200 buscas mensais
- técnicas de seo – 60 buscas mensais
- a importância do seo – 0 a 10 buscas mensais
- estratégias de marketing digital – 250 buscas mensais
3. Renomeie o arquivo
Se em um artigo de blog todas as imagens utilizadas devem ser renomeadas com a palavra-chave principal definida para o conteúdo, não é diferente com os arquivos de vídeos.
A plataforma aceita grande variedade de formatos de arquivos, entre elas .MOV, .MPEG-1, .MPEG-2, .MPEG4, .MP4, .MPG, .AVI, .WMV, .MPEGPS, .FLV, 3GPP, WebM, DNxHR, ProRes, CineForm e HEVC (h265), e renomear o documento com a palavra-chave principal escolhida antes de fazer o upload no canal é mais uma prática indispensável de SEO para vídeos de YouTube.
Portanto, não suba-os para a plataforma com nomes aleatórios como “teste vídeo seo.mp4”. Ao alterar a nomenclatura do arquivo, você ajuda o YouTube a entender sobre o que o material trata e potencializa as chances de ranqueamento!
4. Foque no título do vídeo
Na hora de preencher o campo “título” na plataforma do YouTube, é fundamental que a palavra-chave esteja presente nele. Além disso, a escolha precisa ser instigante, objetiva e complementar à thumbnail — falaremos sobre ela neste texto!
Uma dúvida bem comum é sobre o tamanho do título no YouTube. Prefira frases de 40 a 55 caracteres para não correr o risco de cortar e aparecer incompletas no momento da busca.
Dispensar títulos sensacionalistas ou polêmicos também é recomendado. Parece uma boa estratégia, mas pode causar uma alta taxa de rejeição aos seus vídeos quando o assunto é SEO para canal no Youtube.
Para pensar no título do seu vídeo, é importante também entender as intenções de busca de um usuário. Normalmente, elas são divididas em quatro categorias: informacional, comercial/investigacional, navegacional e transacional.
A pesquisa informacional tem como foco responder questões simples ou complexas sobre determinado tema, normalmente formuladas em formato de pergunta. Se for a intenção do seu vídeo, explore títulos que utilizem os seguintes termos: “como”, “o que é”, “por que”, “qual”, “quem”, “onde”, “quanto”, “quando”, etc.
Veja exemplos utilizando a palavra-chave “SEO para YouTube”:
- Como fazer SEO para YouTube?
- O que é SEO para YouTube?
- Por que SEO para YouTube é importante?
- Qual técnica de SEO para YouTube aplicar?
- Quando aplicar SEO para YouTube?
Quanto às buscas comerciais, como o próprio nome sugere, elas visam a aquisição de um produto, mas prezando pela investigação, ou seja, a comparação de preços e marcas, por exemplo. Nessa intenção, se enquadram reviews de mercadorias, dicas de lugares, sugestões de produtos de beleza, resenhas de livros, discos e filmes, etc.
Veja exemplos de títulos comerciais:
- Marketing de Conteúdo, de Rafael Rez: resenha completa!
- 10 restaurantes japoneses em Florianópolis
- Ahrefs VS. Ubersuggest: qual o melhor?
- Motorola G22 ou G52: qual comprar?
- Dicas essenciais para escolher os melhores séruns
Já a pesquisa transacional tende a anteceder a conclusão de uma compra. O usuário sabe o que deseja. Por isso mesmo, é comum que o próximo passo seja o checkout. Ainda que ela não seja uma das mais exploradas no YouTube, é possível encontrar oportunidades!
Se a sua marca trabalha com a venda de aparelhos eletrônicos de uma empresa X, por exemplo, explore títulos sobre a validade da aquisição de um produto específico..
Veja exemplos utilizando a palavra-chave “Comprar celular Samsung”:
- Vale a pena comprar celular Samsung?
- Comprar celular Samsung compensa?
- Por que comprar celular Samsung?
- Quer comprar celular Samsung? Dicas de modelos!
- Onde comprar celular Samsung?
Por fim, a busca navegacional visa levar o usuário até um site específico ou em uma página específica dentro dele. Mas como dificilmente será utilizada em uma plataforma como o YouTube, não se preocupe com ela!
5. Faça uma thumbnail
No tópico anterior, você leu a respeito da thumbnail. Mas o que é isso, afinal? A thumbnail nada mais é do que a miniatura que aparece no vídeo enquanto o usuário não dá o play para reproduzir. Uma espécie de capa do conteúdo!
Ainda que o título e a descrição para YouTube sejam importantes, ela fortalece o elemento visual ao qual a plataforma se propõe. Sendo assim, nessa estratégia vale soltar a criatividade e formular uma imagem atraente e, é claro, informativa.
Normalmente, há uma tendência em captar um quadro do próprio conteúdo e combiná-lo com frases instigantes, que despertem a curiosidade do usuário e que, de preferência, complementam outros elementos informativos, como é o caso do título.
Dicas gerais para criar boas thumbnails:
- Preze pela simplicidade
- Faça poses
- Escreva um texto conciso
- Não engane o público
- Siga um padrão
- Use cores contrastantes
Na hora de colocar a mão na massa, ferramentas gratuitas de design gráfico, como é o caso do Canva, disponibilizam modelos editáveis entre versões pagas e gratuitas. É possível alterar fontes, cores, imagens e outros elementos gráficos.
Inclusive, a própria plataforma realiza o trabalho e sugere capturas do seu vídeo para serem utilizadas como thumbnails. Desde que elas não estejam desfocadas ou com outros problemas, pode ser uma solução mais prática.
A respeito das medidas, recomenda-se que as miniaturas tenham resolução de 1280 x 720 pixels (com largura mínima de 640 pixels); sejam enviadas em formatos de imagem, como JPG, GIF ou PNG; fiquem abaixo do limite de 2 MB e apresentem a proporção de 16:9, a mais usada em players e visualizações do YouTube.
E não se esqueça de atender às políticas do YouTube de forma geral, mas também as que se referem às miniaturas! Evite:
- Imagens pornográficas;
- Atos sexuais, uso de brinquedos sexuais, fetiches ou outras representações para satisfação sexual;
- Nudez, incluindo genitais;
- Imagens que retratam sexualização indesejada;
- Imagens violentas com a intenção de chocar ou causar repulsa;
- Imagens explícitas ou perturbadoras com sangue ou violência extrema;
- Linguagem vulgar ou obscena;
- Uma miniatura que induz os espectadores a pensar que vão assistir algo que não está no vídeo.
6. Adicione tags
Sem dúvidas, o título, a miniatura e a descrição do vídeo são os metadados mais relevantes para que o usuário encontre seu conteúdo, mas as tags podem ser importantes também.
O YouTube define as tags como “palavras-chave descritivas que podem ser adicionadas aos vídeos para ajudar os espectadores a encontrar seu conteúdo”.
Se as pessoas geralmente escrevem errado ao pesquisar pela temática do seu material, por exemplo, vale colocar essas frases alternativas na caixa de tags. No entanto, uma própria recomendação da plataforma é que “adicionar muitas tags à descrição do vídeo viola as políticas contra spam, práticas enganosas e golpes”.
7. Preencha o campo de descrição
Se você já está habituado com as redes sociais, vale pensar que o campo de descrição do vídeo é uma espécie de legenda de post. Nesse espaço, você pode conversar com o usuário, explicar o propósito do seu vídeo, fazer um resumo do conteúdo, colocar a ficha técnica e até mesmo mencionar outros canais (para isso, é só inserir uma @).
Aqui, é extremamente recomendado incluir palavras-chave que também vão ajudar os espectadores a encontrar seus vídeos com mais facilidade.
E ainda que seja possível redigir uma descrição de até 5 mil caracteres, a experiência do usuário pode exigir um texto mais objetivo. Foque em algo entre quatro ou cinco parágrafos.
Por falar em experiência de usuário, mais um ponto de otimização que engloba a caixa de descrição é o recurso de capítulos, no qual o vídeo é dividido em tópicos a partir da minutagem de cada momento. Exemplo do canal da SEMRush:
8. Não se esqueça dos CTAs
É comum, no início e ao final do vídeo, convidar o usuário a inscrever-se no canal, ativar as notificações, comentar, entre outras ações. No entanto, deve-se aproveitar o campo de descrição para explorar essas e outras call-to-actions também, as “chamadas para ação”, conhecidas por CTAs.
Aproveite para inserir links úteis, como para outras redes sociais do seu negócio ou até mesmo pessoais, se for o caso; para o e-commerce; para outros vídeos do canal, etc.
“Assista”, “siga”, “compartilhe”, “comente”, “inscreva-se”, “visite”, entre outros verbos no imperativo funcionam muito bem!
9. Acrescente legendas
É inquestionável que a legenda torna o conteúdo mais acessível às pessoas com algum nível de deficiência auditiva ou surdas. Porém, elas também trazem benefícios ao SEO.
Como os mecanismos de busca não conseguem (ainda!) rastrear conteúdos visuais, adicionar legendas é uma forma dos algoritmos compreenderem sobre o que o conteúdo fala, sendo uma chance a mais de impulsionar o vídeo para o público ideal.
Para isso, você pode subir um arquivo com a legenda, mas também optar por utilizar a transcrição automática feita pelo YouTube, que usa a tecnologia de reconhecimento de fala para criar legendas.
Contudo, a plataforma faz um alerta: “elas [as transcrições automáticas] são geradas por algoritmos de aprendizado de máquina, então a qualidade pode variar. Incentivamos os criadores de conteúdo a dar preferência às legendas profissionais. […] as transcrições automáticas podem diferir do conteúdo falado devido a erros de pronúncia, sotaques, dialetos ou ruído de fundo”.
Vale saber, ainda, que é possível revisar as transcrições automáticas e editar as partes incorretas.
10. Preocupe-se com a tela final
Entre os últimos 5 e 20 segundos do vídeo, vale adicionar as chamadas telas finais — elementos que têm como objetivo promover outros conteúdos, incentivando os espectadores a acessá-los e se envolverem mais no canal, e até mesmo sites externos no caso de participantes do Programa de Parcerias do YouTube. Contudo, para isso o vídeo precisa ter no mínimo 25 segundos de duração.
A plataforma permite que até quatro elementos sejam inseridos na proporção padrão de 16:9.
Ao passo que outros elementos interativos, como teasers de card e marcas-d’água, ficam ocultos quando uma tela final é mostrada, e vídeos marcados como conteúdo para crianças não permitem o uso de telas finais, assim como vídeos no app YouTube Music, na Web para dispositivos móveis e conteúdo em Flash ou em 360°.
11. Torne os vídeos interativos com cards
Outra possibilidade de envolver o espectador ainda mais no canal, é por meio de cards. A diferença entre eles e a tela final é que os cards costumam aparecer no decorrer do conteúdo.
A plataforma permite que até cinco cards sejam inseridos. Alguns exemplos, de acordo com o YouTube, podem ser:
- Vídeo: é possível adicionar um vídeo público do YouTube ao card de informação, para que seus espectadores interajam com ele;
- Playlist: é possível incluir uma playlist pública do YouTube no card de informação para seus espectadores assistirem;
- Canal: é possível adicionar um canal do YouTube ao card de informação para seus espectadores assistirem. Por exemplo, você pode usar um card de informação para agradecer um canal que apoiou um dos seus vídeos ou recomendar um criador para os espectadores;
- Link: se você participa do Programa de Parcerias do YouTube, o card de informação permite que você adicione um link de um site externo para compartilhar com seu público. Também é possível adicionar telas finais aos seus vídeos.
É importante verificar se o site externo que foi vinculado está em conformidade com as políticas da plataforma, incluindo as diretrizes da comunidade e os Termos de Serviço.
Os cards também não estão disponíveis em vídeos classificados como conteúdo para crianças e o recurso não está presente no Adobe Flash.
12. Compartilhe em outras redes
Por fim, depois de colocar todas as estratégias de SEO para YouTube em prática, chegou o momento de compartilhar o conteúdo em outras redes utilizadas por você ou seu negócio.
Vale compartilhar a publicação nas mídias sociais (Facebook, Instagram, Twitter, etc), assim como distribuir em canais, como e-mail marketing e WhatsApp. Se você tem blog e o vídeo se enquadra em algum conteúdo, faça uma linkagem interna.
Quanto mais formatos de mídia você investir, melhor, pois mostra que a sua estratégia está integrada entre comunicação, marketing e vendas.
Vale lembrar que os algoritmos de mecanismos de busca estão sempre passando por alterações. Consequentemente, as técnicas de SEO acabam se alterando também — algumas deixam de fazer sentido, novas surgem e muitas outras são refutadas, se mostrando dispensáveis e até mesmo mal conceituadas.
Por muito tempo, por exemplo, acreditou-se que para um post ser encontrado na primeira página de uma busca, era preciso repetir a palavra-chave principal muitas vezes dentro do texto.
Contudo, essa questão já foi desvendada e, atualmente, é vista como ruim. Além disso, praticá-la configura no chamado keyword stuffing, ou “excesso de palavras-chave”, tornando o site que a utiliza sujeito de ser penalizado pelos algoritmos dos buscadores.
O fato é que o passo a passo para ter bons resultados na internet e performar no algoritmo do YouTube nunca são completamente oficializados por um grande buscador como o Google. O que se tem certeza é de que há uma tendência cada vez maior dos mecanismos em prezar por um conteúdo de qualidade, relevante e útil ao usuário nessa grande biblioteca virtual.
Portanto, otimize seu conteúdo do YouTube para SEO com as técnicas que aprendeu neste texto, mas lembre-se principalmente de avaliar a relevância do material que será produzido para o nicho em que você atua. Unir estratégias e pessoas é o caminho!
Agora que você já sabe como melhorar o SEO do YouTube, que tal receber mais dicas para potencializar o desenvolvimento do seu negócio na internet? Assine a newsletter da Nação Digital e não perca nenhuma novidade. Para isso, preencha o formulário abaixo!